sábado, 24 de dezembro de 2016

Shangri La Suite

"Shangri-la Suite", de Eddie O'Keefe (2015) Esse é daqueles filmes que foram concebidos para ser cult: uma história fake sobre 1 casal de serial killers que quer assassinar Elvis Presley em 1974; filtros amarelos que fazem o filme parecer uma foto do Instagram; estética anos 70 com zoom, granulado; narração em Off do mitológico Burt Reynolds. Mas o filme infelizmente não acontece. Karen ( Emily Browning) e Jack ( Luke Grimes) são internos de uma clínica psiquiátrica que se conhecem, e apaixonam e resolvem colocar em prática um plano de Jack: assassinar Elvis Presley durante um concerto em Los Angeles, no ano de 1974. Segundo Jack, ao ouvir uma das músicas de Elvis ao contrário, ele ouviu a voz de sua mãe ordenando o assassinato dele. O filme se transforma em um road movie, e no percurso, eles saem matando todos que interferem no plano. Inevitável comparar o filme a clássicos road movies de casais serial killers: "Kalifórnia", "Natural born killers", e até mesmo, "Bonnie and Clyde". Em uma estrutura de falso documentário com filme de ação, "Shangri la Suite" se perde com as caricaturas dos personagens apresentados: o ator que interpreta Elvis Presley, Ron Livingston, parece fazer um pastiche do rei do Rock. Luke Grimes, um bom ator, tem seu físico mais aproveitado pelas lentes do que em relação à sua atuação. Emily Browning é uma jovem atriz inglesa que estranhamente nunca estourou. Ela já protagonizou muitos filmes cults ( "Sucker Punch"), mas nenhum deles estourou nas bilheterias. Aqui, ela interpreta a 4a paciente mental em sua filmografia. E para finalizar, Avan Jogia, que interpreta o amigo Teijo, que é um homossexual de origem indígena que toma hormônios, traz uma performance com todo o tipo de estereotipo sobre como interpretar um personagem gay. O filme tem um ritmo irregular, e seduz mesmo pela sua estilização. De qualquer forma, o cineasta Eddie O'keefe tem apenas 26 anos e mesmo com tantos pontos negativos, fez um filme que caminha para um olhar de um diretor cinéfilo, provavelmente tendo estudado várias referências cinematográficas e de estilo de linguagem do que seria os anos 70. Valeu pela pesquisa.

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