quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Riocorrente

"Riocorrente", de Paulo Sacramento (2013) Com um vasto currículo como montador e produtor, Paulo Sacramento, que havia dirigido o premiado documentário "O prisioneiro da grade de ferro", realiza em 2013 o seu primeiro longa de ficção, "Riocorrente". A última imagem do filme é do Rio Tietê pegando fogo. Pois o filme é todo assim, repleto de simbolismos que refletem as emoções de 4 personagens da grande metrópole que é São Paulo. Carlos (Lee Taylor) trabalha em uma oficina mecânica e tem o hábito de roubar carros para retirar suas peças. Marcelo (Roberto Audio) é um jornalista. Renata ( Simone Iliescu) namora os dois. Nesse triângulo amoroso, ainda sobra espaço para contar a história do menino negro Exu ( sim, o nome é esse mesmo!!), que é adotado por Carlos e assim como ele, é inconformado com a vida e sai pelas ruas riscando chassis de automóveis. O filme é todo dessa forma como contei na sinopse: apático, frio, experimental, simbólico. O roteiro é desenvolvido de forma muito superficial, o que interessa mesmo é mostrar a desilusão de se morar numa cidade grande, sem vida, sem amor, sem esperanças. Como o poster diz "A hora é agora". O filme não me seduziu infelizmente, faltou alma aos personagens, que se relacionam totalmente frios, mesmo nas cenas de sexo o envolvimento é quase nulo. O que é de fato interessante no filme são as imagens metafóricas que surgem ao longo da narrativa, a montagem e a fotografia, esses dois últimos premiados no Festival de Brasília.

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