quarta-feira, 22 de março de 2017

A longa caminhada de Billy Lynn

“Billy Lynn's long halftime walk”, de Ang Lee (2016) Uma pena que esse filme de Ang Lee, baseado no libro de mesmo nome, não tenha sido lançado nos cinemas brasileiros e ido direto para o formato de dvd. Filmado em 3D e com a altíssima qualidade 4K, Ang Lee inovou ao filmar em 120 frames, o que confere ao filme uma resolução de imagem hiperrealista. Quem assistiu na tela grande jura que parecia estar vendo os atores “vivos” na sua frente, como num palco de teatro. O filme foi um hiper mega fracasso nos Estados Unidos, tendo custado 40 milhões de dólares e faturado menos de 2 milhões. Essa superprodução, arrebatadora nas telas com a sua grandiosidade ( dividido principalmente em 2 grandes núcleos: a guerra no Iraque em 2005 e a homenagem que esses heróis receberam durante os jogos americanos de futebol no Texas no dia da Ação de Graças, com direito ao show de Destiny’s child ( grupo que Beyonce fazia parte). O filme se passa exatamente nesse dia da homenagem, e pelo ponto de vista psicológico de Billy Lynn, retrocedemos em flashbacks para entender o que se passou no dia do ataque ao grupamento no Iraque, quando Lynn sagrou-se herói, ao tentar resgatar com vida o Sargento vivido por Vin Diesel. Repleto de participações de famosos (Kristen Stewart faz a irmã de Billy, Steve Martin, um agente de esportes inescrupuloso, Chris Tucker, o assistente de Steve Martin, Garret Hedlund (Sargento Dime) , “Billy Lynn” encontra no novato Joe Alwyn a doçura e encantamento do retrato do jovem que e voluntariou na Guerra por motivos torpes e acabou se modificando por conta das atrocidades vividas. Porem, a critica do filme é que, pior do que a Guerra e a sua violência, é a violência e a ganancia do homem da mídia, que faz de tudo para tirar proveito do momento heroico dos soldados, através de contratos e eventos ultrajantes. O filme, no entanto, não me agradou como eu esperava. Talvez eu precise revê-lo, pois eu tinha um outro filme em mente. O ritmo lento e a introspecção do personagem principal me afastaram da narrativa. O que enche os olhos de fato, é a grande tecnologia e as imagens impressionantes comandadas por Ang Lee, um grande Mestre que entende como poucos de orquestração de imagens grandiloquentes. Tomara que o fracasso do filme não intimide Ange Lee de continuar produzindo longas suntuosos, onde na verdade, o que interessa, é a alma do personagem. Aqui, não chegou a arrebatar. Mas Lee já produziu tantos filmes extraordinários, que a gente releva e muito.

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