quarta-feira, 15 de março de 2017

Taekwondo

“Taekwondo”, de Marco Berger e Martin Farina (2016) Quem conhece a filmografia dos cineastas argentinos Marco Berger e Martin Farina, já sabe o que vai encontrar: homoerotismo, homens totalmente nus, elenco formado por atores/modelos, closes em genitálias, corpos suados, olhares repletos de tensão sexual entre personagens indefinidos na sua sexualidade. Foi assim em “Fullboy”, “Tensão sexual”, “Hawaii” e agora com “Taekwondo”, que rodou Festivais do mundo inteiro. Dramaturgicamente, as histórias giram sempre em torno de um gay que se apaixona por um hetero. No mundo de Marco Berger, principalmente, todos os heteros tem uma pezinho na bissexualidade. Os diálogos são improvisados, e muito falatório jogado fora. Típico papo de homens: futebol, mulheres, cervejada. E como gostam de tomar banho! Seja na piscina ou no chuveiro, é com muito despojamento que todos tiram as roupas. O parco fiapo de história é sobre Fernando, que convida um colega que treina Taekwondo na academia para passar um final de semana em sua casa de veraneio. Chegada lá, German se depara com outros 7 homens heteros, todos amigos de Fernando ( as mulheres de cada um foram dispensadas). German, gay não assumido, se reprime diante dos outros homens e se faz passar por hetero, tendo que conversar sobre assuntos que provavelmente ele odeia. Mas toda a vez que ele está com Fernando, seus olhares se cruzam de forma diferenciada. Como todos os filmes dos cineastas, os filmes são longos e extremamente tediosos. Não te muita dramaturga, só papo jogado fora. O que interessa a eles é filmar em closes de total nudez, enquanto eles falam qualquer coisa. Martin Farina tem um olhar totalmente voyeurístico na sua câmera. Para quem gosta de homoerotismo sem pornografia, esse filme vai fazer muito sucesso.

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