quinta-feira, 13 de julho de 2017

O Amor em tempos de guerra civil

"L'Amour au temps de la guerre civile", de Rodrigue Jean (2014) O universo dos garotos de programa viciados em Crack, heroína e Lsd em Montreal, é revelado com extrema frieza pelo cineasta franco-canadensa Rodrigue Jean, que se baseou nos depoimentos colhidos em seu ótimo documentário "Men for sale". O filme, de 2 horas, tem cenas de sexo, uso de drogas e prostituição o tempo todo, se forma repetitiva. E é essa roda viva monótona e rotineira da vida de seus protagonistas que Rodrigue Jean quer que seu espectador compartilhe. Vidas vazias de alma, espirito de solidariedade e compaixão. O estilo narrativo lembra bastante os irmãos Dardenne: câmera na mão, seguindo o seu protagonista o tempo todo, em planos longos e olhar documental. Acompanhamos Alex ( o excelente Alexandre Landy, já visto em "Gabrielle", onde ele interpreta um portador de síndrome de down que namora outra portadora), um viciado que namora Bruno. Ambos se prostituem para poder bancar o só de drogas pesadas. Alex se envolve com outros traficantes e usuários, que também se prostituem em ruas ou boites. Nessa vida alucinada, o que eles podem esperar é apenas o dia de suas mortes. Bem dirigido e interpretado de forma naturalista, o filme incomoda com o seu olhar cruel com os seus personagens. Jean não tem o mínimo sentimento por eles. Sao apresentadas as preparações de vários tipos de drogas, e portando, o filme é rigorosamente proibido para menores de idade. Para quem amou "Eu, Christiane F", "Kids" e "Os viciados", com Al Pacino, esse filme é uma sobremesa requintada. E mais: somente o cinema para apresentar usuários de Crack mais lindos que qualquer agencia de modelos do mundo. Detalhe: Amei o titulo do filme.

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