quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Joao, o Maestro

"João, o Maestro", de Mauro Lima (2017) A cinebiografia do pianista e Maestro João Carlos Martins ganha corpo nas mãos do cineasta e roteirista Mauro Lima, autor já de diversas adaptações biográficas para o Cinema, como "Tim Maia", "Meu nome não é Johnny" e em breve, "Eike Batista". A vida de João Carlos Martins, repleta de tragédias e reviravoltas mirabolantes, é interpretada por vários atores: criança, adolescente e na fase adulta, por Rodrigo Pandolfo e depois, Alexandre Nero. O adolescente é quem aparece menos. No filme também aparecem os 2 grandes amores da vida desse Maestro que, pelo filme, parece ser um grande galanteador: elas são interpretadas na primeira fase por Fernanda Nobre, e depois, por Alinne Moraes. O elenco todo está muito bem, assim como a parte técnica do filme, irrepreensível: A fotografia, a trilha sonora, a edição de som, a direção de arte, figurino e maquiagem. O roteiro segue o mesmo formato de "Tim Maia": seguindo cronologicamente a vida do músico, sendo que vez ou outra algum flashback toma corpo para explicar melhor alguma passagem. Joao Carlos nasceu em Sao Paulo, filho de imigrante português, que trabalha numa gráfica. Seu pai sempre quiz ser pianista, mas na impossibilidade, depositou no filho essa vocação. A vocação se torna uma obsessão e Joao praticamente ocupa toda a sua infância e adolescência estudando piano. O que vem a acontecer com o protagonista, nem vou contar, pois eu mesmo não estava acreditando. Se algum roteirista tivesse escrito do zero, teriam dito que ele tinha exagerado na dose do melodrama e das tragédias. A produção filmou em Sao Paulo, Uruguay e Nova York, algo raro hoje em dia. E' um filme requintado, luxuoso e glamouroso, que vale ser visto por quem acha que aqui no Brasil, não se faz filme com qualidade de dar gosto para o resto do mundo. Assim como Joao Carlos Martins.

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