sábado, 5 de agosto de 2017

Os meninos que enganavam nazistas

"Un sac de bille", de Christian Duguay (2017) O que mais me chamou atenção nessa adaptação do best-seller autobiográfico de Josepf Jojo, judeu que narra suas fugas com o seu irmão, ainda crianças, na França ocupada pelos alemães e já adaptada em 1975 por Jacque Doillon, é o currículo de seu diretor. Christian Duguay, canadense, dirigiu mais de 20 longas, alguns talvez considerados os piores filmes do mundo: as continuações de "Scanners", de Cronemberg, "Assassinos cibernéticos", e também vários seriados beirando o trash. Eclético, ele acabou realizando uma decente adaptação do livro, com bela reconstituição de época e bons atores, entre eles, Patrick Bruel, que interpreta o pai dos meninos Joseph e Maurice. Esse tema criança judia e 2a guerra já trouxe filmes memoráveis:"Adeus meninos" e " Lacombe Lucien", de Louis Malle, e " Filhos da guerra", de Agniezka Holland. Desse último é aonde o filme mais se aproxima. Ambos baseados em história real e com uma trama tão incrível e mirabolante que parece mentira. Se algum roteirista tivesse escrito, teria sido criticado pelo excesso de reviravoltas e de personagens que surge do nada para ajudar os personagem. Pois assim é " Os meninos que enganavam nazistas": quando você acha que nada nos fará jeito, alguém surge para salvá-los. Até ao de toda a história é real ou se entrou algo ficcional, ninguém jamais saberá. O que faz o filme prender a atenção do espectador é o trabalho impecável do pequeno ator Dorian Lê Clech, excelente como Joseph. A trama romântica que surge no ato final ficou bastante forçada.

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