domingo, 1 de outubro de 2017

As duas Irenes

“As duas Irenes”, de Fábio Meira (2017) Em 1991, o cineasta Polones Kristoph Kieslowsky exibiu a sua obra prima “ A dupla vida de Veronique”, um filme que fala sobre duplos que não se conhecem e bens e esbarram em momento algum do filme. Fábio Meira pega emprestado o mote do filme de Kieslowsky e também o nome de sua protagonista, Irene Jacob. A diferença é que aqui, as duas Irenes se encontram e tentam conviver com as diferenças. Ambientado no interior de Minas nos anos 60, “As duas Irenes” apresenta duas talentosas atrizes: Priscila Bittencourt e Isabela Torres. A primeira mora com suas duas irmãs e seus pais. O pai, Tonico (Marco Ricca), vive viajando. Irene descobre que ele tem vida dupla: outra esposa, e outra filha, de mesma idade e também chamada Irene. A primeira é rica, tímida e assexuada. A segunda, pobre mas sensual e atirada. Elas se encontram e tentam buscar o melhor da outra, até um desfecho onde as duas se igualam. Escorado com um elenco forte ( Susana Ribeiro, Teuda Bara, Inês Peixoto), o filme tem excelente fotografia e enquadramentos estilizamos, alguns referentes , de novo, a Kieslowsky ( o reflexo no ponteiro do relógio). O filme segue em ritmo lento e no final das contas, seu tema é a passagem da adolescência para a afaste adulta. Vale ser visto pelo belo trabalho do elenco e por referências ao Cinema, deixando claro o berço Cinefilo de seu Cineasta. O filme foi exibido na Mostra Geração do Festival de Berlin 2017.

Nenhum comentário:

Postar um comentário