domingo, 26 de novembro de 2017

Logan Lucky- Roubo em família

"Logan Lucky", de Steven Soderbergh (2017) O mais curioso nessa retomada de Steve Soderbergh, que em 2013 havia dito que estava se aposentando do Cinema, é o nome da roteirista, Rebecca Blunt. Totalmente desconhecida e anônima, muita gente acredita ser o pseudónimo do próprio Soderbergh. Muito possível, afinal, "Logan Lucky" é exatamente a historia de "Onze homens e um segredo", com a diferença de não ter o glamour do filme. "Logan Lucky" fala de Loosers, de caipiras de Virginia, que curtem música country, bebem toda noite, e são brutos, sem muita cultura. Nesse universo, residem os irmãos Logan, considerados amaldiçoados pelos populares do local. Jimmy (Channing Tatum) era um jogador de futebol promissor, mas machucou o joelho e virou operário. Clyde (Adam Driver) foi soldado e perdeu uma mão na Guerra do Iraque e agora trabalha como barman. A irmã Mellie (Riley Keough) trabalha em um salão como cabeleireira. Ao perder seu emprego e não ter como bancar pensão para sua filha pequena que mora com sua ex, Bobbie (Katie Holmes), Logan resolve arquitetar um plano para assaltar o dinheiro arrecadado no autódromo durante uma corrida. Além dos irmãos, ele conta com a ajuda de Bob (Daniel Craig), famoso detonador de explosivos, que se encontra preso. Totalmente calcado em um elenco estelar ( que ainda conta com Hillary Swank e Seth Macfarlaine, entre outros), "Logan Lucky" tem um roteiro audacioso, repleto de pormenores que envolvem o dia do assalto, muito bem planejado. Mas como um todo, achei o filme chatíssimo. Longo, aborrecido, com alguns poucos momentos divertidos e /ou de suspense, o filme me ganhou no quesito elenco e elenco de apoio, composto por aqueles tipos totalmente desengonçados, típicos de um filme dos irmãos Coen. Nessa visão da America totalmente desesperançada e aonde os espertos ganham espaço, o filme homenageia os malandros. E se forem charmosos como os potagonistas, melhor ainda. Tecnicamente perfeito, mas emocionalmente sem brilho. Vale como passatempo, mas meia boca.

Um comentário:

  1. Filmes sobre planos geniais são complicados porque precisam ser, essencialmente, tão geniais quanto a artimanha que move a sua trama. Roger Edgerton foi maravilhoso no filme, este ator nos deixa outro projeto de qualidade chamado It comes at night, de todas as suas filmografias essa é a que eu mais gostei, acho que deve ser a grande variedade de talentos. Será exibida na TV, a chave do sucesso é o bem que esta contada a historia e a trilha sonora, enfim, um dos meus preferidos.

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