sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Thelma

"Thelma", de Joachim Trier (2017) Co-escrito e Dirigido pelo Norueguês Joachim Trier, do aclamado "Oslo 31 de agosto", "Thelma" é o que todo mundo diz: uma versão remixada e autoral de "Carrie, a estranha", de Brian de Palma. Para os bons entendedores que sacaram que "Carrie", mais do que um filme de terror, era uma metáfora sobre a descoberta da sexualidade, com certeza perceberão a mesma simbologia nesse filme de suspense e realismo fantástico, protagonizado por uma jovem criada em um ambiente de extrema repressão e religiosidade. Thelma ( uma atuação maravilhosa de Eili Harboe), mora com seus pais em uma casa na zona rural da Noruega. Os pais sao religiosos e educam Thelma `a ferro e fogo. Crescida, ela é enviada para estudar na capital. Durante as aulas, ela conhece Anja, uma linda aluna que se apaixona por Thelma. reprimida, Thelma cede aos encantos de Anja. Mas a partir desse momento, fatos estranhos começam a acontecer: ela tem convulsões, pássaros e cobras se tornam ameaças e pessoas desaparecem. Diferente de "Carrie", aqui o filme vai por uma verve mais de cinema autoral de cult: cenas mais lentas, atores atuando de forma mais naturalista e efeitos especiais mais simbólicos do que propriamente assustadores. Porém, na cena final, quando se revela em flashaback os poderes de Thelma, somos apresentados a uma trágica situação. Essa cena é forte e bastante contundente. Com ótima direção de Jochim Trier, o filme é a indicada pela Noruega a uma vaga ao Oscar 2018. Só o fato de indicar um filme de gênero já é um grande feito, e o filme merece, pois é ousado e criativo.

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