quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Sem fôlego

"Wonderstruck", de Todd Haynes (2017) Adaptação de um livro escrito por Brian Selznick, autor de "Hugo Cabret", "Sem folego" é dirigido por Todd Haynes, mesmo Diretor de "Carol", "Eu não estava lá", "Velvet Goldmine" e "Longe do paraíso". Haynes é um Cineasta que quase sempre está em busca de novas linguagens e estilizações. Seus filmes sempre tiveram um apuro técnico incrível para a fotografia e a direção de arte. Aliás, é justamente o quesito técnico que chama a atenção nesse filme que concorreu em Cannes 2017. A fotografia de Ed Lachman (indicado ao Oscar por "Carol") e a direção de arte de Ryan Heck e Kim Jennings são um verdadeiro escândalo. O filme se passa em 2 épocas: 1927 e 1977. No passado, a foto é em preto e branco. Haynes quiz trazer a sua narrativa autoral para um projeto juvenil e lúdico. A magia que havia em "Hugo Cabret", aqui ficou resumido a poucas cenas, e o filme investe mais na montagem para provocar surpresas no espectador. Em 2 épocas distintas, 2 crianças fogem de suas casas em direção a Nova York para buscarem seus parentes. Rose, uma menina surda muda, está em 1927, e Ben (Oakes Fegley), em 1977. De alguma forma, essas 2 histórias se cruzam. Durante o filme todo, pensei em 3 projetos: " O artista", " Uma noite no Museu" e o seriado "Dark", da Netflix. A parte em preto e branco é tratada como se fosse um filme mudo. E boa parte do filme se passa em um Museu de história natural de Nova York. Juliane Moore e Michelle Willians fazem participações. Fico pensando a dificuldade que deve ser para encontrar um perfil de público para assistir a esse filme. Falta magia para conquistar a garotada, e uma trama mais madura para conquistar os adultos.

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