quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Telefones brancos

"Telefoni bianchi", de Dino Risi (1976) Dino Risi foi durante décadas, um dos mais populares Cineastas da Itália. Diretor de clássicos dos anos 60 e 70 como "Perfume de mulher" e "Aquele que sabe viver" , Dino Risi teve em Vittorio Gassman o seu Ator fetiche, protagonizando vários de seus filmes. Em "Telefones brancos", de 1976, Risi repete a mesma dupla de perfume de mulher": Além de Gassman, ele escalou Agostina Belli para protagonizar a tragicómica história de Marcella, uma camareira de um Hotel de luxo que sonha em ser Atriz dos "Telefones brancos". Durante a 2a guerra, os "Telefones brancos" eram os filmes realizados pelo regime fascista, onde os protagonistas eram representantes de uma classe alta, e o telefone branco era símbolo de poder. Franco Denza (Gassman) é o sonho de consumo de Marcella, que quer contracenar com ele. Para isso, Marcella faz de tudo para conseguir seus objetivos: ela transa com todos que ela acha que podem lhe dar essa oportunidade: seu patrão no hotel, um oficial fascista que na verdade a leva para se prostituir em um bordel, e finalmente o Duque Mussolini. Hoje em dia, esse filme teria sido detonado pela galera do politicamente correto: os homens se aproveitam de Marcella, e ela também entra no jogo de Poder. Ela oferece seu corpo, eles lhe oferecem oportunidade. Mas o tema que mais me interessou, foi o de Vitorio Gassman. Seu personagem é o retrato da glória e decadência dos atores que trabalharam para o regime facista. Quando a Italia perdeu, os atores do "Telefone branco" caíram em desgraça e foram rechaçados pela população. E' um filme com grande produção, elenco gigantesco. Mas tem um roteiro irregular e um ritmo lento, muito por conta de sua longa duração. Vale pela curiosidade e pelo belo trabalho dos 2 protagonistas. Gassman tem uma cena brilhante quando ele é ameaçado de morte pelos revolucionários.

Nenhum comentário:

Postar um comentário