quinta-feira, 1 de março de 2018

Somente Charlie

"Just Charlie", de Rebekah Fortune (2017) Excelente drama Lgbts, com performances contundentes de todo o elenco. Charlie (Harry Gilbi, impecável e emocionante) é um promissor jogador de futebol, aos 12 anos de idade. Ele é a alegria de seus pais e de seus amigos em uma cidade no interior da Inglaterra. No entanto, Charlie aos poucos vai se desinteressando do futebol e dos estudos. Para espanto de seus pais, Charlie revela estar infeliz e que deseja ser uma menina. A partir daí, a vida de todos se transforma, num misto de homofobia e aceitação. O roteiro lida muito bem com o tema da descoberta da sexualidade na adolescência, e aqui, o tema ainda é mais complexo: Charlie quer ser uma mulher. Com a ajuda de sua mãe e de sua irmã, ele vai aos poucos assumindo sua porção feminina, para repulsa de quase todos, inclusive seu pai. O filme lida com o tema de forma realista, elegante e sem sensacionalismo. Gostei bastante, me emocionei e fiquei chocado com o talento desse jovem ator Hatty Gilb, responsável pela credibilidade desse personagem tão complexo como Charlie. Super recomendado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário